quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Estereótipos de gênero e esportes

O esporte e lazer são importantes dimensões para a promoção da qualidade de vida, da inclusão social, da cidadania e da saúde. Além da diversão, a prática de esportes facilita a criação de novos espaços de socialização. A Constituição Federal, inclusive, elenca o lazer como um dos direitos sociais, e aponta o dever do Estado em fomentar os esportes. Todavia, as desigualdades de gênero se expressam no acesso das mulheres no esporte, impedindo o pleno exercício de seus direitos. Durante muito tempo o esporte foi considerado um espaço masculino e, até o ano de 1979, as mulheres eram proibidas de praticar lutas e jogar futebol, uma vez que estas práticas eram consideradas incompatíveis e inadequadas para o sexo feminino. Apesar de, nas duas últimas décadas, ter aumentado significativamente o ingresso mulheres nos esportes, as diferenças entre as mulheres e os homens, principalmente no que diz respeito aos recursos destinados para a práticas desportivas femininas, ainda é uma realidade. Do mesmo modo, a visibilidade das esportistas mulheres na mídia e nos meios de comunicação ainda é bem menor que dos homens. Felizmente, as coisas estão mudando. Um exemplo ocorreu durante os Jogos Olímpicos de Londres (2012) quando, pela primeira vez, os 205 países participantes tiveram pelo menos uma mulher como parte da equipe olímpica. Outro fato que chamou atenção nestes jogos foi que as equipes da Arábia Saudita, do Catar e de Brunei tiveram, pela primeira vez, atletas mulheres em sua composição. Do mesmo modo, a delegação dos Estados Unidos teve uma maioria de mulheres entre seus membros. No total, a presença feminina nessas Olimpíadas chegou a mais de 40% dos esportistas.

Fonte:http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2015/07/valente_aula3_genero_esportes.pdf